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European Economic and Social Committee A bridge between Europe and organised civil society

MARCH 2022 | PT

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Editorial

A paz é a única batalha que vale a pena travar

A guerra na Ucrânia recorda-nos de forma brutal o objetivo inicial da criação da UE – assegurar a paz duradoura no continente. Infelizmente, deixámos este objetivo cair no esquecimento. A dado momento, a narrativa europeia da paz deixou de ser atrativa, especialmente para a geração mais jovem. Agora reaprendemos, como afirmou Albert Camus, que «a paz é a única batalha que vale a pena travar» e que temos de continuar a lutar para concretizar as mudanças onde quer que sejam necessárias.

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A guerra na Ucrânia recorda-nos de forma brutal o objetivo inicial da criação da UE – assegurar a paz duradoura no continente. Infelizmente, deixámos este objetivo cair no esquecimento. A dado momento, a narrativa europeia da paz deixou de ser atrativa, especialmente para a geração mais jovem. Agora reaprendemos, como afirmou Albert Camus, que «a paz é a única batalha que vale a pena travar» e que temos de continuar a lutar para concretizar as mudanças onde quer que sejam necessárias.

A invasão da Ucrânia pela Rússia traz à memória o pior pesadelo do século XX: a guerra no continente europeu. Assistimos novamente à violação da integridade territorial de um país soberano. E esta agressão vem acompanhada do espetro da fome e do genocídio. A agressão russa vai contra todos os valores europeus e democráticos, e a Europa não pode nem irá tolerá-la. A paz é a base da União Europeia, fundada pela força da lei e não pela lei da força.

Há dez anos, a União Europeia recebeu o Prémio Nobel da Paz em reconhecimento pelos mais de 60 anos de paz, reconciliação e democracia que assegurou na Europa. A UE precisa de manter e reforçar o seu papel de guardiã da paz no território europeu e mais além.

O maior desafio atual da Europa é a guerra e as suas consequências, nomeadamente a migração, o aumento da inflação e dos preços da energia e a necessidade de rearmamento. No entanto, continuamos a ter outros desafios pela frente, como a luta contra a COVID-19 e as alterações climáticas e o desenvolvimento da autonomia estratégica da Europa. Temos de continuar a fazer face a estes desafios, ajudando ao mesmo tempo os nossos vizinhos, o povo ucraniano. Neste contexto, congratulo-me com as conclusões da cimeira informal da UE, realizada em Versalhes, que refletem as recomendações do CESE apelando para a interrupção imediata das ações militares no solo ucraniano, para a proteção da população e dos refugiados ucranianos, e para o reforço da autonomia europeia, nomeadamente no setor energético.

Este é um período difícil, especialmente porque ainda sentimos os efeitos extenuantes da pandemia de COVID-19 e dos confinamentos recentes. No entanto, temos de manter o atual espírito de unidade. Uma coisa para mim é clara: uma democracia resiliente renova a sua força e vitalidade com base naquilo que os Gregos chamaram «demos», ou seja, o povo, constituído por todas as pessoas, sejam elas empregadores, trabalhadores ou cidadãos em geral! Só mantendo-nos unidos, poderemos construir um futuro para a Europa.

Acabámos de reencontrar a ligação emocional e o sentimento de pertença ao projeto Europeu, até há pouco adormecidos, e que se traduzem numa só palavra: a PAZ.

Christa Schweng
Presidente do CESE

Agenda

31 de março – 1 de abril de 2022, Bruxelas (evento virtual)

A tua Europa, a tua voz (2022)

31 de março de 2022, Bruxelas (evento virtual)

Desafios sanitários na UE no contexto da pandemia

8 de abril de 2022, Bruxelas

Emprego dos jovens com deficiência

7 de maio de 2022, Bruxelas (evento virtual)

Dia da Europa 2022

Sławek Kaminski / GW

Da Ucrânia, rumo ao desconhecido

É graças ao trabalho incansável e heroico de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara, que vão onde nós somos incapazes de ir, que o mundo pode testemunhar a tragédia infligida à Ucrânia. Um deles, o fotógrafo polaco Sławek Kamiński, enviou-nos as fotografias captadas na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia, em Rzeszów e Medyka-Shehyni.

Publicamos hoje a primeira desta série, tirada na fronteira entre a Polónia e a Ucrânia, agradecendo-lhe por ter imortalizado estes momentos em fotografia.

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É graças ao trabalho incansável e heroico de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara, que vão onde nós somos incapazes de ir, que o mundo pode testemunhar a tragédia infligida à Ucrânia. Um deles, o fotógrafo polaco Sławek Kamiński, enviou-nos as fotografias captadas na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia, em Rzeszów e Medyka-Shehyni.

Publicamos hoje a primeira desta série, tirada na fronteira entre a Polónia e a Ucrânia, agradecendo-lhe por ter imortalizado estes momentos em fotografia.

Sławek Kamiński é fotojornalista para a Gazeta Wyborcza. Venceu vários prémios e distinções em concursos de fotojornalismo prestigiados, entre os quais o Grande Prémio – Foto do Ano no concurso Grand Press Photo 2019. O seu arquivo percorre de forma exaustiva as mudanças políticas ocorridas na Polónia ao longo dos últimos 30 anos. O seu trabalho foi publicado na maioria dos jornais e em inúmeros livros na Polónia, mas também no estrangeiro. Participou igualmente em grandes projetos publicitários. As suas fotografias de imprensa estão disponíveis nos sítios Web Wyborcza.pl e Reuters.com.

Fotografia: @instagram slawekkaminski.pl

O convidado surpresa

Todos os meses, na nossa coluna «O convidado surpresa», convidamos os nossos leitores a descobrir uma personalidade cujo trabalho e empenho são uma fonte de inspiração para os outros e cuja coragem, força de caráter e determinação são um exemplo.

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Todos os meses, na nossa coluna «O convidado surpresa», convidamos os nossos leitores a descobrir uma personalidade cujo trabalho e empenho são uma fonte de inspiração para os outros e cuja coragem, força de caráter e determinação são um exemplo.

Na edição deste mês do CESE Info, damos a palavra a Sławek Kamiński, fotógrafo da Gazeta Wyborcza, que partilha connosco as imagens que captou na fronteira da Ucrânia com a Polónia.

Cenas semelhantes sucedem-se noutros lugares, pois o povo ucraniano está a atravessar a fronteira em diferentes países europeus, como a Polónia, a Hungria, a Eslováquia, a Roménia e a Moldávia.

Apesar de ser um fotógrafo experiente, que já assistiu a muitas tragédias humanas, Sławek Kamiński afirma ter sentido um nó na garganta ao ver as mães e as crianças ucranianas entrarem na Polónia, por Rzeszow, Przemyśl e Medyka-Szeginie, e despedirem-se dos seus maridos e dos seus pais, que regressavam à Ucrânia para combater na guerra.

Com a história trágica da Ucrânia a desenrolar-se mesmo à nossa frente, é graças ao trabalho incansável e heroico de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara como Sławek Kamiński, que vão onde nós não podemos ir, que sabemos o que acontece no terreno e conhecemos o sofrimento dramático das pessoas durante uma guerra. É graças a eles que nos mantemos informados e somos sensibilizados para ajudar.

Sławek Kamiński foi galardoado com vários prémios e distinções em concursos de fotojornalismo prestigiados e venceu o Grande Prémio – Foto do Ano no concurso Grand Press Photo em 2019. Há mais de 30 anos que documenta as mudanças políticas na Polónia com a sua câmara. O seu trabalho tem sido publicado por numerosas editoras e meios de comunicação social polacos e estrangeiros. Participou igualmente em projetos publicitários de relevo. As suas fotografias jornalísticas podem ser vistas em Wyborcza.pl e na agência Reuters. (ll/ehp)

Sławek Kaminski: Fronteira

Foi uma decisão muito espontânea e parti, juntamente com um colega, para a fronteira no sábado, 26 de fevereiro de 2022, às 5 da manhã. A invasão russa da Ucrânia tinha começado dois dias antes.

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Foi uma decisão muito espontânea e parti, juntamente com um colega, para a fronteira no sábado, 26 de fevereiro de 2022, às cinco da manhã. A invasão russa da Ucrânia tinha começado dois dias antes.

Viagens como estas são o pão nosso de cada dia para qualquer fotógrafo experiente, mas a tensão está sempre presente. Conduzimos um pouco na escuridão em direção a Przemyśl. Durante a viagem ficámos sem combustível, muitas pessoas confusas, algum pânico.

Conseguimos. Primeiro a passagem da fronteira em Medyka. Um engarrafamento enorme, montes de carros estacionados. Uma multidão à espera de familiares e de amigos.

De repente, avistamos o primeiro grupo que chega. Já vi muita coisa na vida, mas perante isto fiquei com um nó na garganta. Mães jovens que vêm a pé. Cada uma empurra um carrinho de bebé, arrasta uma mala ou traz uma criança pela mão. Os guardas de fronteira polacos ajudam-nas. Estão comovidas.

Tudo parece ser um pouco diferente do que era na outra fronteira, ainda não há muito tempo. Quem chega aqui é acolhido com alegria, com lágrimas nos olhos. Amigos ou familiares levam estas jovens mulheres nos seus carros. Agora estão a salvo. Não muito longe dali, aliás, mesmo ao lado, está uma multidão de cidadãos ucranianos que pretendem regressar ao seu país. Na sua maioria, são homens. Vão combater o inimigo.

Dirijo-me à passagem de fronteira em Korczowa. À tarde, a estação ferroviária de Przemyśl e o ponto de receção no hipermercado.

E assim durante três dias.

De cada vez, é diferente. Cada vez mais refugiados e cada vez mais pessoas que querem ajudar. E estão a ajudar. A situação parece estar sob controlo. As lojas estão abertas, há eletricidade e, por enquanto, é possível telefonar para toda a parte. Roupas e alimentos vão-se amontoando. Tudo tem utilidade. Apenas as notícias da fronte são cada vez mais terríveis.

No regresso, passamos por uma longa coluna militar. A situação é grave. Afinal de contas, há uma guerra a sério mesmo do outro lado da fronteira.

Há cada vez mais refugiados da Ucrânia. O seu número já ultrapassou há muito um milhão.

A maioria vai para as grandes cidades. Aí vivem em estações ferroviárias, estádios e centros de acolhimento.

Uma pergunta a...

Na nossa secção «Uma pergunta a...», Javier Doz Orrit, membro do CESE, responde a uma pergunta do Boletim CESE Info sobre as funções mais importantes em 2022 do Grupo do Semestre Europeu, do qual é presidente.

CESE: É presidente do Grupo do Semestre Europeu. Quais são as funções mais importantes do grupo este ano?

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Na nossa secção «Uma pergunta a...», Javier Doz Orrit, membro do CESE, responde a uma pergunta do Boletim CESE Info sobre as funções mais importantes em 2022 do Grupo do Semestre Europeu, do qual é presidente.

CESE: É presidente do Grupo do Semestre Europeu. Quais são as funções mais importantes do grupo este ano?

Javier Doz: a atividade do Grupo do Semestre Europeu

O Grupo do Semestre Europeu (GSE) tem 42 membros, uma presidência de três pessoas – com Luca Jahier (Grupo III) e Gonçalo Lobo Xavier (Grupo I) como vice-presidentes – e um secretariado composto por três pessoas, que é dirigido por Jakob Andersen e conta com o apoio de uma estagiária. A sua estrutura conta ainda 27 delegações nacionais tripartidas, com um total de 39 outros membros do CESE.

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O Grupo do Semestre Europeu (GSE) tem 42 membros, uma presidência de três pessoas – com Luca Jahier (Grupo III) e Gonçalo Lobo Xavier (Grupo I) como vice-presidentes – e um secretariado composto por três pessoas, que é dirigido por Jakob Andersen e conta com o apoio de uma estagiária. A sua estrutura conta ainda 27 delegações nacionais tripartidas, com um total de 39 outros membros do CESE.

O nome do grupo reflete bem as suas competências: cabe-lhe analisar a governação económica da UE, os seus procedimentos e conteúdos, incluindo as fases que têm lugar a nível nacional, e emitir parecer sobre essas matérias. Com base nos diferentes documentos que compõem os pacotes do outono e da primavera do Semestre Europeu, o GSE acompanha de perto a Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável e os dois pareceres (inicial e adicional) que o Comité aprova todos os anos sobre a mesma. O grupo realiza cinco reuniões por ano, uma das quais é uma conferência aberta que tem lugar habitualmente em maio ou junho.

O mandato atual do GSE teve início em plena pandemia de COVID-19, com uma resposta da UE que representou uma mudança radical do paradigma de política económica em relação à crise de 2008-2012: uma combinação de políticas monetárias e orçamentais expansivas e um plano de recuperação de 750 000 mil milhões de euros, financiado pela dívida europeia. Desde então, a atividade do GSE tem estado centrada no exame do Instrumento de Recuperação da União Europeia (Next Generation EU) e dos correspondentes planos nacionais de recuperação e resiliência (PNRR). Este exame reforçou o papel das delegações nacionais do grupo, que estão a desempenham um papel fundamental na elaboração das duas resoluções do CESE sobre os planos de recuperação. A primeira, adotada pela Assembleia Plenária do CESE em fevereiro de 2021, centrou-se na avaliação da participação das organizações da sociedade civil na elaboração dos PNRR. A avaliação baseou-se nas opiniões das delegações nacionais, recolhidas através de um inquérito com cinco perguntas, e em vários debates nacionais. A resolução lamentou que, apesar das disposições do Regulamento Mecanismo de Recuperação e Resiliência, a participação das organizações da sociedade civil tenha sido, de um modo geral, limitada e de baixa qualidade.

Atualmente, o GSE e as suas delegações nacionais estão a elaborar uma nova resolução, a debater na reunião plenária de maio, para examinar o conteúdo dos planos, o seu impacto na economia e na sociedade e a participação das organizações da sociedade civil na sua execução. O inquérito elaborado para esta ocasião tem 21 perguntas. Serão igualmente tidas em conta as conclusões dos debates realizados, como as duas conferências nacionais organizadas conjuntamente com os conselhos económicos e sociais nacionais nos dois países que receberão os montantes mais elevados dos fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência: Espanha e Itália. Como quadro de referência serão usadas as principais avaliações dos PNRR realizadas pelos centros de reflexão europeus, assim como os dados fornecidos pelo Grupo de Trabalho Recuperação e Resiliência da Comissão Europeia.

Uma vez concluídos os trabalhos de elaboração da segunda resolução, a atividade do grupo centrar-se-á na reforma do Semestre Europeu e na avaliação das necessidades de investimento para alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e, em especial, para a transição justa para uma economia verde e neutra do ponto de vista climático até 2050. A reforma dos procedimentos do Semestre Europeu, relacionada com a reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento, será objeto de debate na próxima conferência do GSE, que se realiza em 3 de junho. Para examinar as necessidades de investimento do Pacto Ecológico, o GSE proporá que a Secção ECO, juntamente com a Secção NAT, organize uma conferência no último trimestre do ano.

Assinalo, a concluir, que as consequências económicas da invasão da Ucrânia pela Rússia e das sanções adotadas pela UE para a combater e pressionar no sentido da recuperação da soberania do nosso país vizinho e irmão terão certamente de ser examinadas pelo GSE nos próximos meses.

Javier Doz

Presidente do Grupo do Semestre Europeu\

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Direto ao assunto

Na nossa rubrica «Direto ao assunto», convidamos os membros do CESE a destacar aspetos de um parecer que considerem importantes. Desta vez, solicitámos a Ozlem Yildirim que explicasse os desafios decorrentes das ligações entre a proteção do ambiente e os direitos fundamentais.

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Na nossa rubrica «Direto ao assunto», convidamos os membros do CESE a destacar aspetos de um parecer que considerem importantes. Desta vez, solicitámos a Ozlem Yildirim que explicasse os desafios decorrentes das ligações entre a proteção do ambiente e os direitos fundamentais.

Ozlem Yildirim: Reconhecer o direito a um ambiente saudável enquanto direito fundamental

 Partindo da constatação de que a degradação ambiental e as alterações climáticas têm um impacto direto e indireto numa série de direitos fundamentais (como o direito à vida, o direito à saúde ou o direito à educação), o CESE abordou, pela primeira vez, esta interligação clara, que ameaça anular os progressos realizados nas últimas décadas no que diz respeito ao desenvolvimento, à saúde mundial e à redução da pobreza.

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 Partindo da constatação de que a degradação ambiental e as alterações climáticas têm um impacto direto e indireto numa série de direitos fundamentais (como o direito à vida, o direito à saúde ou o direito à educação), o CESE abordou, pela primeira vez, esta interligação clara, que ameaça anular os progressos realizados nas últimas décadas no que diz respeito ao desenvolvimento, à saúde mundial e à redução da pobreza.

O Relatório de Informação – A proteção do ambiente como condição prévia para o respeito pelos direitos fundamentais ofereceu a oportunidade de abordar questões essenciais, nomeadamente o direito a um ambiente saudável como um direito fundamental. Enquanto relatora do relatório, gostaria de salientar que a Agência Europeia do Ambiente (AEA) considera que a poluição atmosférica é o maior risco ambiental para a saúde na Europa. Este tipo de poluição, que apresenta graves riscos para a saúde humana, também comporta custos económicos consideráveis, visto que conduz ao aumento das despesas médicas, à diminuição da produtividade (nomeadamente devido aos dias de trabalho perdidos), e à redução dos rendimentos agrícolas. Face a esta situação, congratulamo-nos com o surgimento de um novo direito humano: o direito a um ambiente saudável, seguro e sustentável.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 1,2 mil milhões de empregos (40% do total mundial) dependem de um ambiente saudável. O stress térmico reduzirá o número de horas de trabalho no mundo em 2% em 2030, o que representa 72 milhões de postos de trabalho. A poluição e a degradação ambiental afetarão a produtividade, a saúde e o rendimento dos trabalhadores, bem como a segurança alimentar.

Por este motivo, o relatório de informação afirma que «[a] UE deve agir enquanto parceiro de confiança no plano internacional, reforçando e aplicando legislação que integre uma abordagem global da ação climática e de proteção do ambiente baseada nos direitos humanos, a fim de orientar as políticas e as medidas de atenuação das alterações climáticas, protegendo simultaneamente os direitos de todos. Em especial, a UE deve ser coerente e prestar mais atenção aos acordos comerciais.»

No âmbito de uma série de propostas destinadas a assegurar que a ação climática da UE se centra nos direitos fundamentais, o relatório recomenda, em particular, a adoção de uma estratégia interdisciplinar precisa e coordenada e a conclusão do processo de adesão da UE à Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH). Por último, o CESE apela para a adoção de uma regulamentação da UE que combata as ações judiciais estratégicas contra a participação pública, a fim de lutar contra as ações judiciais abusivas destinadas a silenciar os denunciantes, jornalistas, defensores dos direitos ou outros observatórios públicos, para alcançar um nível de proteção elevado e uniforme em toda a Europa.

Ozlem Yildirim, membro do CESE e vice-presidente do Grupo para os Direitos Fundamentais e o Estado de Direito

Notícias do CESE

A segurança da Europa depende da segurança da Ucrânia

Num debate espontâneo lançado pela presidente do CESE, Christa Schweng, durante a reunião plenária de fevereiro, os membros do Comité Económico e Social Europeu condenaram a invasão injustificada e não provocada da Ucrânia pela Federação da Rússia. Os membros do CESE manifestaram a sua solidariedade para com o povo ucraniano e apelaram para que se agisse com firmeza, tanto a nível da UE como a nível nacional, num espírito de unidade em tempos dramáticos como os que vivemos.

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Num debate espontâneo lançado pela presidente do CESE, Christa Schweng, durante a reunião plenária de fevereiro, os membros do Comité Económico e Social Europeu condenaram a invasão injustificada e não provocada da Ucrânia pela Federação da Rússia. Os membros do CESE manifestaram a sua solidariedade para com o povo ucraniano e apelaram para que se agisse com firmeza, tanto a nível da UE como a nível nacional, num espírito de unidade em tempos dramáticos como os que vivemos.

A presidente Christa Schweng abriu o debate com a afirmação de que a situação é crítica para a Europa, tendo declarado: «Assistimos hoje a uma agressão mesmo ao lado da União Europeia. O que está a acontecer constitui uma violação flagrante do direito internacional e dos acordos internacionais, incluindo os Acordos de Minsk. Neste momento, os nossos pensamentos estão com a Ucrânia e a sociedade civil ucraniana, as mulheres, os homens e as crianças inocentes que enfrentam este ataque não provocado e temem pela sua vida. A Europa tem de estar ao lado da Ucrânia e da sociedade civil ucraniana!»

Stefano Mallia, presidente do Grupo dos Empregadores, afirmou: «A UE está certamente unida e deseja uma atuação firme. Estive na Praça Maidan e lembro-me bem de que o grande desejo da sociedade civil era fazer parte da Europa, fazer parte da União Europeia. Não podemos abandonar a Ucrânia. Temos de estar dispostos a pagar também um preço pelos esforços e medidas que se impõem.»

Oliver Röpke, presidente do Grupo dos Trabalhadores, acrescentou: «Chegou o momento de afirmarmos a nossa oposição e dizer claramente que a Europa nunca tal permitirá. Temos de estar unidos, procurar uma forma de responder a esta agressão e permanecer ao lado do povo ucraniano, expressando-lhe a nossa plena solidariedade.»

No mesmo espírito, Séamus Boland, presidente do Grupo Diversidade Europa, expressou o seu apoio, afirmando: «Estamos à beira de um precipício e temos de chegar às organizações da sociedade civil na Ucrânia. Acima de tudo, a UE tem de permanecer unida e solidária com os seus vizinhos».

O presidente da Secção das Relações Externas, Dimitris Dimitriadis, afirmou que o CESE continuaria empenhado em apoiar a sociedade civil na Ucrânia, nomeadamente através de canais já bem estabelecidos, como a Plataforma da Sociedade Civil UE-Ucrânia, e dos seus contactos bilaterais. (at)

Política industrial: a sustentabilidade deve ser indissociável da competitividade e da autonomia estratégica

A UE tem de reavaliar as prioridades da sua política industrial à luz da pandemia e do conflito na fronteira oriental da Europa. Foi esta a mensagem que emergiu da conferência sobre «Um futuro sustentável para a indústria europeia», organizada pelo Comité Económico e Social Europeu em 4 de março de 2022, em cooperação com a Comissão Europeia e a Presidência francesa do Conselho da União Europeia.

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A UE tem de reavaliar as prioridades da sua política industrial à luz da pandemia e do conflito na fronteira oriental da Europa. Foi esta a mensagem que emergiu da conferência sobre «Um futuro sustentável para a indústria europeia», organizada pelo Comité Económico e Social Europeu em 4 de março de 2022, em cooperação com a Comissão Europeia e a Presidência francesa do Conselho da União Europeia.

No seu discurso de abertura da conferência, a presidente do CESE, Christa Schweng, salientou a necessidade de uma abordagem colaborativa na definição da política industrial da UE: «Temos de trabalhar em parceria com a indústria, as entidades públicas e os parceiros sociais na construção de um futuro sustentável para a indústria da UE. Neste processo, não podemos deixar ninguém para trás».

Enquanto a UE ainda está a braços com o rescaldo da crise da COVID-19, os acontecimentos dramáticos na Ucrânia chocam o continente. Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia, afirmou que «as indústrias europeias devem reduzir a dependência unilateral em relação a países terceiros. Temos também de proteger o mercado único de influências externas, quer sejam subvenções estrangeiras que geram distorções, quer sejam tentativas de coação por parte de governos estrangeiros».

A maioria dos oradores defendeu que o conflito representa mais um argumento forte para continuar a preconizar objetivos ecológicos, embora alguns intervenientes fossem de opinião que as circunstâncias exigem uma nova reflexão das nossas metas ecológicas, chegando mesmo a considerar a possibilidade de um regresso ao carvão na Europa. «Novos fatores emergentes, como a inflação, a dívida, a defesa e a energia, estão a mudar completamente a estratégia industrial que devemos prosseguir. A autonomia estratégica e a defesa devem ser o nosso novo imperativo», instou Carlo Calenda, deputado ao Parlamento Europeu.

Thomas Courbe, diretor-geral dos Assuntos Empresariais, do Ministério da Economia, Finanças e Recuperação de França, considera também que a transição para a energia sustentável constitui uma oportunidade para modernizar as fundações industriais da Europa. A dupla transição deve fomentar condições equitativas e socialmente justas para a criação de emprego, em conformidade com o princípio de não deixar ninguém para trás. «O objetivo deve ser a redução, tanto quanto possível, das emissões de gases com efeito de estufa com os menores custos económicos e sociais possíveis», acrescentou Sandra Parthie, relatora do CESE sobre a < style="color:blue">atualização da nova estratégia industrial.

Por último, Thierry Breton, comissário do Mercado Interno, reiterou que, em tempo de tensões geopolíticas crescentes, é essencial incentivar o desenvolvimento de uma visão coesa da União Europeia e das suas indústrias. (gb/dm)

A agressão em curso contra a Ucrânia mostra que precisamos de reforçar ainda mais o projeto europeu

O Comité Económico e Social Europeu (CESE) organizou uma conferência intitulada «Construir a Europa em conjunto». A conferência, organizada no âmbito do encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, visava concluir o trabalho realizado até à data pelo Comité e debater a situação atual, os desafios que se aproximam e as ambições para o futuro.

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O Comité Económico e Social Europeu (CESE) organizou uma conferência intitulada «Construir a Europa em conjunto». A conferência, organizada no âmbito do encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, visava concluir o trabalho realizado até à data pelo Comité e debater a situação atual, os desafios que se aproximam e as ambições para o futuro.

A presidente do CESE, Christa Schweng, lançou o debate, referindo-se aos recentes acontecimentos históricos na Ucrânia e respondendo à questão de abertura da conferência sobre se este era o momento certo para debater o futuro da Europa.

«A agressão contra a Ucrânia e o seu povo mostra que é urgente reforçar ainda mais o projeto europeu e os valores fundamentais da Europa, como a paz, a liberdade e a democracia», afirmou Christa Schweng.

A presidente do CESE sublinhou também a importância deste evento para fazer o ponto da situação atual e avaliar os acontecimentos dos últimos meses.

O CESE levou a cabo iniciativas e eventos de comunicação em todos os Estados-Membros, de modo a assegurar uma representatividade equilibrada e a integrar os empregadores, os trabalhadores e toda a sociedade civil organizada, trazendo os seus pontos de vista para a Conferência sobre o Futuro da Europa. O Comité adotou igualmente uma resolução sobre uma nova narrativa para a Europa, tendo publicado vários contributos na plataforma em linha da Conferência. 

Na sua alocução final, Clément Beaune, secretário de Estado dos Assuntos Europeus do ministro francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros, afirmou: «Para executar as propostas dos cidadãos, serão necessários debates e decisões institucionais. O CESE irá atuar como guardião neste processo, para assegurar que as vossas expectativas são satisfeitas».

O CESE desempenhou um papel extraordinariamente ativo na Conferência sobre o Futuro da Europa através do seu grupo eventual, na qualidade de observador no Conselho Executivo da Conferência e enquanto membro do plenário. (ks)

Temos de percorrer juntos o longo caminho rumo à igualdade de género

A conferência sobre «As mulheres no mercado de trabalho», organizada pelo CESE para assinalar o Dia Internacional da Mulher, teve lugar em 8 de março, sob o espectro da guerra. Os participantes prestaram homenagem às mulheres ucranianas pela sua força, coragem e resiliência notáveis.

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A conferência sobre «As mulheres no mercado de trabalho», organizada pelo CESE para assinalar o Dia Internacional da Mulher, teve lugar em 8 de março, sob o espectro da guerra. Os participantes prestaram homenagem às mulheres ucranianas pela sua força, coragem e resiliência notáveis.

Na sua alocução de abertura, a presidente do CESE, Christa Schweng, evocou as mulheres e raparigas ucranianas que são forçadas a abandonar o seu país e ficam expostas a um maior risco de violência.

Na mesma ordem de ideias, Maria Nikolopoulou, membro do CESE e presidente do Grupo para a Igualdade, sublinhou que: «São muitas as mulheres, mães e esposas encurraladas numa zona de guerra que pegam em armas para combater, enquanto outras tentam escapar às atrocidades dos ataques. Unimos as nossas vozes às sociedades civis que, em todos os países, exigem o fim da guerra».

A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais as disparidades entre homens e mulheres no emprego e contribuiu também para um aumento da violência e do assédio no trabalho.

A comissária da Igualdade, Helena Dalli, anunciou que a Comissão Europeia irá apresentar uma proposta de diretiva relativa ao combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica, vinculativa para todos os Estados-Membros.

No setor da inteligência artificial, as mulheres representam apenas 16% da mão de obra, o que deixa a liderança e todas as decisões nas mãos dos 84% de homens. «Se as mulheres estiverem ausentes destes setores, todo o nosso novo mundo será moldado à medida dos homens e dos seus possíveis preconceitos», afirmou Christa Schweng.  (at)

EU organic awards

Primeiros prémios europeus da produção biológica

Em 2022, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) organizará os primeiros prémios europeus da produção biológica, em conjunto com a Comissão Europeia, o Comité das Regiões Europeu (CR), o COPA-COGECA e a IFOAM Organics Europe, com o objetivo de reconhecer a excelência e recompensar os intervenientes mais destacados e mais inovadores na cadeira de valor biológica da UE.

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Em 2022, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) organizará os primeiros prémios europeus da produção biológica, em conjunto com a Comissão Europeia, o Comité das Regiões Europeu (CR), o COPA-COGECA e a IFOAM Organics Europe, com o objetivo de reconhecer a excelência e recompensar os intervenientes mais destacados e mais inovadores na cadeira de valor biológica da UE.

Os prémios europeus da produção biológica [#EUOrganicAwards] abarcam sete categorias, que incluem oito prémios:

  1. Melhor Agricultora Biológica e Melhor Agricultor Biológico
  2. Melhor Região Bio
  3. Melhor Cidade Bio
  4. Melhor Biodistrito
  5. Melhor PME Bio
  6. Melhor Loja de Produtos Alimentares Bio
  7. Melhor Restaurante Bio

O CESE, que preconiza há anos uma política alimentar mais sustentável e mais abrangente na UE, será responsável pela atribuição de três prémios: Melhor PME Bio, Melhor Loja de Produtos Alimentares Bio e Melhor Restaurante Bio. O formulário de candidatura encontra-se disponível aqui. 

O período de candidatura em linha decorre de 25 de março a 8 de junho de 2022 e os formulários estarão disponíveis aqui.

Por ocasião do Dia Biológico da UE, em 23 de setembro de 2022, realizar-se-á uma cerimónia em que os vencedores apresentarão os seus projetos inovadores e receberão um prémio de reconhecimento não pecuniário.

Contexto

A Comissão estabeleceu a meta de dedicar 25% da superfície agrícola da UE ao modo de produção biológico até 2030. Com vista a apoiar essa meta, a Comissão adotou, em março de 2021, o Plano de Ação para o Desenvolvimento da Produção Biológica. De acordo com este plano de ação, para estimular a produção biológica e o consumo de produtos biológicos, é fundamental sensibilizar o público para as suas características e vantagens. Assim, o plano de ação prevê a atribuição de prémios anuais como uma das estratégias para alcançar esse objetivo. (mr)

Maior ameaça à transição ecológica é esperar até ser demasiado tarde – esta é a conclusão da plenária do CESE

Na reunião plenária de 24 de fevereiro, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) apresentou o seu Parecer – Objetivo 55: alcançar a meta climática da UE para 2030 rumo à neutralidade climática, no qual formulou propostas concretas que deverão contribuir para acelerar a transição energética, a fim de permitir à UE a redução de, pelo menos, 55% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030.

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Na reunião plenária de 24 de fevereiro, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) apresentou o seu Parecer – Objetivo 55: alcançar a meta climática da UE para 2030 rumo à neutralidade climática, no qual formulou propostas concretas que deverão contribuir para acelerar a transição energética, a fim de permitir à UE a redução de, pelo menos, 55% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030.

A consecução das metas revistas para 2030, conforme proposto no pacote Objetivo 55, afetará de forma desigual as regiões, as comunidades e as pessoas em toda a Europa.

A fim de dar resposta a estas preocupações, o CESE recomenda à Comissão Europeia que realize um mapeamento granular do impacto que a transição terá no emprego e nas competências nos diferentes países, regiões e setores, incluindo nas empresas subcontratadas e nas cadeias de valor a jusante.

É necessário adotar um modelo que resulte numa economia próspera, sustentável e competitiva. Por isso, o CESE recomenda que todas as propostas legislativas apresentadas no âmbito do Objetivo 55 sejam submetidas a uma verificação de competitividade, de modo a compreender adequadamente todas as implicações para as empresas.

Os parceiros sociais e as organizações da sociedade civil pertinentes têm um papel fundamental a desempenhar e devem ser associados tanto na fase de planeamento como de aplicação do pacote Objetivo 55.

Assim, «o CESE apoia a criação de comissões tripartidas para uma transição justa, para permitir aos órgãos de poder regional, aos parceiros sociais e às organizações da sociedade civil participar na realização dos planos nacionais e regionais de transição justa», salientou Cillian Lohan.

A luta contra as alterações climáticas terá enormes implicações financeiras, sociais e ambientais. «Por este motivo, importa assegurar que o pacote Objetivo 55 é um importante passo em frente, e não um obstáculo, rumo a uma economia europeia com zero emissões líquidas até 2050», afirmou Stefano Mallia. (mr)

 

Medidas de combate à pandemia são excecionais e não devem sobrepor-se aos valores comuns da UE

As medidas de emergência adotadas pelos poderes públicos em circunstâncias extraordinárias devem ser sempre estritamente proporcionadas, claramente limitadas no tempo e estreitamente acompanhadas. Em declarações na plenária do CESE de 23 de fevereiro de 2022, a presidente do CESE, Christa Schweng, e a vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelos Valores e Transparência, Věra Jourová, assumiram uma posição firme a este respeito.

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As medidas de emergência adotadas pelos poderes públicos em circunstâncias extraordinárias devem ser sempre estritamente proporcionadas, claramente limitadas no tempo e estreitamente acompanhadas. Em declarações na plenária do CESE de 23 de fevereiro de 2022, a presidente do CESE, Christa Schweng, e a vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelos Valores e Transparência, Věra Jourová, assumiram uma posição firme a este respeito.

No contexto da crise da COVID-19 e do estado de emergência declarado por muitos Estados-Membros para proteger a saúde pública, que levou à restrição de vários direitos e liberdades fundamentais, Christa Schweng declarou: «A pandemia é um teste de esforço para as nossas sociedades e para as nossas democracias. Do ponto de vista dos direitos fundamentais, do Estado de direito e da democracia, o CESE considerou essencial acompanhar de perto a situação. Auscultamos, em particular, os intervenientes da sociedade civil sobre as consequências, os desafios e as estratégias de saída da crise. A UE tem de sair da crise da COVID-19 mais forte, reforçando os seus valores comuns».

Věra Jourová salientou que a pandemia de COVID-19 revelara de forma poderosa a importância crucial dos valores democráticos e dos direitos fundamentais para o nosso dia a dia e que não podemos considerá-los por adquiridos: «Uma lição importante da crise sanitária foi que não podemos deixar as medidas necessárias para combater a pandemia sobreporem-se à defesa dos valores democráticos e dos direitos fundamentais. Temos de estar vigilantes e defender os nossos direitos fundamentais e os nossos valores comuns que devem estar no centro da resposta à pandemia de COVID-19».

A posição do CESE sobre o impacto da COVID-19 nos direitos fundamentais e no Estado de direito em toda a UE e o futuro da democracia consta do parecer apresentado pelo Grupo Eventual para os Direitos Fundamentais e o Estado de Direito do CESE, elaborado por José Antonio Moreno Díaz e Cristian Pîrvulescu. No texto adotado pela Plenária, o Comité assinala que as medidas específicas de combate à crise da COVID-19 devem permanecer excecionais e limitadas no tempo e não devem ser contrárias ao Estado de direito nem pôr em perigo a democracia, a separação de poderes e os direitos fundamentais dos cidadãos europeus. (mp)

Transição ecológica no transporte marítimo deve ter em conta a saúde das pessoas

A ecologização do transporte marítimo e fluvial deve ter em conta a saúde e a qualidade de vida das populações que vivem e trabalham perto de rotas de navegação ou de portos. Esta é a mensagem principal veiculada no parecer do CESE, de que foi relator Pierre Jean Coulon, adotado na reunião plenária de fevereiro do Comité.

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A ecologização do transporte marítimo e fluvial deve ter em conta a saúde e a qualidade de vida das populações que vivem e trabalham perto de rotas de navegação ou de portos. Esta é a mensagem principal veiculada no parecer do CESE, de que foi relator Pierre Jean Coulon, adotado na reunião plenária de fevereiro do Comité.

No parecer, o CESE aborda a dimensão societal das questões que se prendem com o transporte marítimo a nível local e regional e faz recomendações fundamentais para a valorização futura da economia azul, completando dois pareceres adotados recentemente: FuelUE Transportes Marítimos (TEN/751) e NAIADES III (TEN/752).

Em declarações à margem da plenária, Pierre Jean Coulon afirmou: «Precisamos de uma abordagem inovadora e sustentável que conjugue objetivos ecológicos e de saúde, e isso exige uma cooperação estreita com todos os intervenientes no setor e na cadeia de abastecimento do transporte marítimo. Só assim será possível alcançar esse objetivo final e garantir os benefícios evidentes da criação de terminais intermodais, que favorecem o desenvolvimento do transporte por vias navegáveis interiores nas cidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida».

O transporte marítimo perfaz cerca de 75% do transporte de mercadorias da UE. Por conseguinte, é extremamente importante encontrar um equilíbrio entre os aspetos económicos, sociais e ambientais através de uma abordagem integrada. As autoridades portuárias e as partes interessadas do setor dos transportes devem trabalhar em conjunto com os órgãos de poder local e regional para repensar as ligações entre as cidades, os portos e os modos de transporte.

Outros aspetos que é preciso abordar prendem-se com a formação do pessoal, as perspetivas de emprego, a desigualdade de tratamento entre homens e mulheres e as mudanças profundas provocadas pela digitalização e automatização do emprego. (mp)

 

CESE defende viragem da UE para quadro económico orientado para a prosperidade

O CESE e a DG ECFIN realizaram uma conferência em linha sobre o quadro de governação económica da UE no âmbito do debate público conexo. O evento visava mobilizar a sociedade civil a fim de alcançar um consenso sobre o futuro do quadro de governação económica.

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O CESE e a DG ECFIN realizaram uma conferência em linha sobre o quadro de governação económica da UE no âmbito do debate público conexo. O evento visava mobilizar a sociedade civil a fim de alcançar um consenso sobre o futuro do quadro de governação económica.

A presidente do CESE, Christa Schweng, abriu a conferência afirmando que, «em vez de um regresso à normalidade, defendemos uma viragem para um quadro de governação económica revisto e reequilibrado, orientado para a prosperidade.» Sublinhou igualmente a importância de assegurar a participação de todas as principais partes interessadas, nomeadamente as organizações da sociedade civil. O comissário da Economia, Paolo Gentiloni, interveio em seguida, declarando que «não será fácil chegar a um consenso até 2023, mas temos de aproveitar esta oportunidade única para adequar as nossas regras orçamentais à nossa ambição de alcançar um crescimento forte, sustentável e inclusivo na Europa». Margarida Marques, deputada ao Parlamento Europeu, apresentou depois o relatório do PE sobre a revisão do quadro legislativo macroeconómico, a que se seguiu um painel de debate. A última parte da conferência foi dedicada à forma como um quadro de governação económica renovado poderá ultrapassar o desafio do défice de investimento, a fim de concretizar a dupla transição. A relatora do CESE, Dominika Biegon, apresentou o seu Parecer de iniciativa – Reformular o quadro orçamental da UE para uma recuperação sustentável e uma transição justa. (tk)

Novo diretor da Direção da Comunicação e Relações Interinstitucionais do CESE

Alexander Kleinig é o novo diretor da Direção da Comunicação e Relações Interinstitucionais do CESE. Alexander Kleinig iniciou a sua carreira no Parlamento Europeu, em 1996, como administrador na Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais. Em 2005, integrou a Direção-Geral da Comunicação do Parlamento Europeu como gestor de projetos para o Centro de Visitantes, tendo lançado e gerido o Parlamentarium entre 2011 e 2018.

«Estou impressionado com o nível de qualidade dos debates e com o profissionalismo do pessoal do Comité. Em todos os serviços, vejo colegas empenhados, orgulhosos do seu trabalho e entusiastas. Também fiquei deveras sensibilizado com o caloroso acolhimento que me foi reservado pelo pessoal da Direção D. Aproveito esta oportunidade para agradecer à minha predecessora, Eleonora Di Nicolantonio, que tão bem geriu a direção no passado.»

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Alexander Kleinig é o novo diretor da Direção da Comunicação e Relações Interinstitucionais do CESE. Alexander Kleinig iniciou a sua carreira no Parlamento Europeu, em 1996, como administrador na Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais. Em 2005, integrou a Direção-Geral da Comunicação do Parlamento Europeu como gestor de projetos para o Centro de Visitantes, tendo lançado e gerido o Parlamentarium entre 2011 e 2018.

«Estou impressionado com o nível de qualidade dos debates e com o profissionalismo do pessoal do Comité. Em todos os serviços, vejo colegas empenhados, orgulhosos do seu trabalho e entusiastas. Também fiquei deveras sensibilizado com o caloroso acolhimento que me foi reservado pelo pessoal da Direção D. Aproveito esta oportunidade para agradecer à minha predecessora, Eleonora Di Nicolantonio, que tão bem geriu a direção no passado.»

Notícias dos grupos

O dealbar de uma nova Europa

Por Stefano Mallia, presidente do Grupo dos Empregadores do CESE

«Estamos adormecidos até que nos apaixonamos», escreveu Leão Tolstoi de forma brilhante na sua obra-prima imorredoura, Guerra e Paz.

Se Vladimir Putin tivesse lido nas entrelinhas da obra do seu compatriota, compreenderia que a Europa podia estar a dormir quando a Rússia anexou a Crimeia, mas que um continente unido que conheceu duas guerras mundiais no seu território não podia manter-se adormecido para sempre.

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Por Stefano Mallia, presidente do Grupo dos Empregadores do CESE

«Estamos adormecidos até que nos apaixonamos», escreveu Leão Tolstoi de forma brilhante na sua obra-prima imorredoura, Guerra e Paz.

Se Vladimir Putin tivesse lido nas entrelinhas da obra do seu compatriota, compreenderia que a Europa podia estar a dormir quando a Rússia anexou a Crimeia, mas que um continente unido que conheceu duas guerras mundiais no seu território não podia manter-se adormecido para sempre.

E assim foi: a Europa apaixonou-se pela Ucrânia e despertou. Nos últimos dias, vimos um continente apaixonar-se por um país que está a bater-se contra a agressão, pela sua autodeterminação, pela sua liberdade e pelos seus valores democráticos.

Imediatamente após o início da invasão russa da Ucrânia, a UE tomou medidas que teriam sido impensáveis há apenas alguns meses. A guerra na Ucrânia fez sobressair a humanidade da UE e dos seus cidadãos, que antepuseram a liberdade e a paz aos interesses materiais e ao comércio.

A uma velocidade sem precedentes, a UE adotou o maior pacote de sanções da sua história, que visa o sistema financeiro da Rússia, as suas indústrias de alta tecnologia e as suas elites corruptas. Estas sanções serão devastadoras para a economia russa e para o Kremlin. Também acarretarão custos para a economia europeia.

O despertar da Europa é visível de uma ponta à outra do espetro político. Se a Europa quer continuar a viver em paz, terá de criar enfim uma política externa e uma política de defesa comum robustas. Esse tabu desapareceu quando a guerra regressou ao nosso continente.

A UE tinha de redescobrir a sua vontade de paz para continuar a construir a sua visão. Em vez de dividir a Europa, Putin uniu-nos a todos em torno dessa missão.

Leia o artigo completo: https://timesofmalta.com/articles/view/the-awakening-of-a-new-europe-stefano-mallia.938838 (dv/kr)

 

Dia Internacional da Mulher 2022

Por Maria Nikolopoulou, membro do Grupo dos Trabalhadores do CESE

Este ano, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram ensombradas pela pandemia de COVID-19 e pela guerra na Ucrânia. Ambas as situações deixam claro que os direitos das mulheres são drasticamente afetados em tempos de instabilidade política, social e económica.

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Por Maria Nikolopoulou, membro do Grupo dos Trabalhadores do CESE

Este ano, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram ensombradas pela pandemia de COVID-19 e pela guerra na Ucrânia. Ambas as situações deixam claro que os direitos das mulheres são drasticamente afetados em tempos de instabilidade política, social e económica.

Verificou-se que as mulheres trabalhadoras foram as mais atingidas pelo desemprego durante a pandemia, sendo também as que mais dificuldades tiveram em conciliar a vida profissional e a vida pessoal durante o teletrabalho, ao mesmo tempo que a violência doméstica aumentou durante os confinamentos. As desigualdades estruturais anteriores à pandemia foram exacerbadas.

A guerra altera as prioridades e a luta pela sobrevivência assume o primeiro lugar. As mulheres serão duramente atingidas, física e psicologicamente, enquanto mães, cuidadoras, trabalhadoras, combatentes e refugiadas, e a sua única opção é continuar a resistir e seguir em frente.

A vontade e o dever do movimento sindical e do Grupo dos Trabalhadores do CESE é solidarizarem-se com todas as mulheres que neste momento veem os seus direitos atacados e a sua sobrevivência em risco. Mulheres de todo o mundo, uni-vos para restabelecer a paz e construir um futuro justo e próspero para todos!  

Organizações da sociedade civil da UE27 apelam a ações climáticas imediatas sob a sua égide

Pelo Grupo Diversidade Europa do CESE

Numa conferência realizada em Paris, organizações da sociedade civil de toda a Europa apelaram a uma transição energética e climática justa, equitativa e integradora que envolva as organizações da sociedade civil, os cidadãos e, em particular, os jovens.

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Pelo Grupo Diversidade Europa do CESE

Numa conferência realizada em Paris, organizações da sociedade civil de toda a Europa apelaram a uma transição energética e climática justa, equitativa e integradora que envolva as organizações da sociedade civil, os cidadãos e, em particular, os jovens.

As referidas organizações consideram o diálogo, a cooperação e a coordenação a todos os níveis indispensáveis para o sucesso, a par de grandes investimentos na elaboração de planos de emergência e na adaptação a um clima em mutação e à transição energética. Cabe reforçar os recursos financeiros sustentáveis, apoiados por compromissos firmes das administrações públicas, empresas, sociedade civil e cidadãos, bem como o consumo de energias renováveis a preços acessíveis, de produção própria e eficiente.

O Grupo Diversidade Europa do CESE organizou uma conferência híbrida sobre «Alterações climáticas e transição energética», em 2 de março, na Académie du Climat. O evento analisou os aspetos multifacetados e relacionados entre si do tema, designadamente as dimensões social e geopolítica, o papel da publicidade e do comportamento dos cidadãos, bem como as ações ao nível local, nacional e europeu.  

Séamus Boland, presidente do Grupo Diversidade Europa, abriu a conferência salientando a necessidade urgente de ações eficazes e imediatas contra as alterações climáticas e em prol da transição energética, em especial à luz do relatório sobre as alterações climáticas do PIAC, das Nações Unidas, apresentado à margem da conferência. «As alterações climáticas e a transição energética são temas urgentes e que nos afetam a todos. Tal como a paz, trata-se do nosso futuro comum, dos nossos valores e da nossa humanidade. E, por essa razão, temos de abordá-los, mesmo neste período turbulento», afirmou.

Séamus Boland sublinhou o papel fundamental da sociedade civil no fomento contínuo da dinâmica relativa à atenuação e adaptação às alterações climáticas junto das comunidades e dos cidadãos. Destacou igualmente que...

Leituras complementares: comunicado de imprensa completo sobre a conferência do Grupo Diversidade Europa, disponível, em inglês e francês, em: Organizações da sociedade civil da UE27 apelam a ações climáticas imediatas sob a sua égide| Comité Económico e Social Europeu (europa.eu)

As intervenções de todos os oradores convidados, em inglês e francês, e as fotografias estão disponíveis em: Alterações climáticas e transição energética | Comité Económico e Social Europeu (europa.eu)

Soon in the EESC/Cultural events

Eventos culturais do CESE

Diferentes manifestações culturais marcam celebrações no âmbito da Conferência das Partes Interessadas na Economia Circular de 2022 e do Dia Internacional da Mulher.

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Diferentes manifestações culturais marcam celebrações no âmbito da Conferência das Partes Interessadas na Economia Circular de 2022 e do Dia Internacional da Mulher.

Em 2 de março, a banda Trashbeatz, um trio internacional de percussão que do lixo faz música, realizou um espetáculo musical extraordinário. O seu lema «reduce-reuse-recicle your trash» [reduzir-reutilizar-reciclar o lixo] insere-se perfeitamente no tema da edição deste ano da Conferência das Partes Interessadas na Economia Circular. Se perdeu o espetáculo, ainda tem a oportunidade de o ver em linha.

O CESE acolheu uma atuação artística intitulada «…because I'm a woman?» [...porque sou mulher?], da jovem e talentosa artista polaca Patrycja Alenkuć. O vídeo apresenta uma narrativa acompanhada de movimentos de dança. O projeto pretende destacar a resiliência das mulheres, apesar de não receberem apoio suficiente, independentemente da sua idade, classe, país de residência, profissão ou outros fatores. O vídeo «... because I'm a woman?» foi um dos pontos altos da conferência do CESE dedicada ao tema das mulheres no mercado de trabalho que, em jeito de conclusão artística, marcou o fim das atividades do dia. (ck)

A tua Europa, a tua voz 2022

A edição de 2022 do evento para a juventude «A tua Europa, a tua voz» realizar-se-á totalmente em linha, em 31 de março e 1 de abril de 2022. «A verdade da mentira – Os jovens contra a desinformação» é o tema a ser debatido pelos alunos.

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A edição de 2022 do evento para a juventude «A tua Europa, a tua voz» realizar-se-á totalmente em linha, em 31 de março e 1 de abril de 2022. «A verdade da mentira – Os jovens contra a desinformação» é o tema a ser debatido pelos alunos.

Os membros do CESE visitarão as escolas selecionadas nos Estados-Membros até 25 de março. Entretanto, os alunos já começam a sentir o entusiasmo de participar no evento em 31 de março e 1 de abril. A vice-presidente executiva da Comissão, Věra Jourová, dirigir-se-á aos 99 alunos na sessão plenária de encerramento, para ouvir em primeira mão as recomendações propostas pela assembleia de jovens e responder aos pedidos de ação política. Siga as contas do evento «A tua Europa, a tua voz» nas redes sociais para obter mais informações, clicando na hiperligação: https://www.facebook.com/youreuropeyoursay.

O programa está disponível em linha. (ck)

Editores

Ewa Haczyk-Plumley (editor-in-chief)
Daniela Marangoni (dm)
 

Colaboraram nesta edição


Amalia Tsoumani (at)
Chrysanthi Kokkini (ck)
Daniela Marangoni (dm)
Daniela Vincenti (dv)
Ewa Haczyk-Plumley (ehp)
Jasmin Kloetzing (jk)
Karen Serafini (ks)
Katharina Radler (kr)
Katerina Serifi (ks)
Laura Lui (ll)
Marco Pezzani (mp)
Pablo Ribera Paya (prp)
Thomas Kersten (tk)

 

Coordination

Agata Berdys (ab)
Katerina Serifi (ks)

Technical support
Bernhard Knoblach (bk)

Endereço

Comité Económico e Social Europeu
Edifício Jacques Delors, Rue Belliard, 99, B-1040
Bruxelas, Bélgica
Tel. +32 2 546 94 76
Correio eletrónico: eescinfo@eesc.europa.eu

O CESE Info é publicado nove vezes por ano, por ocasião das reuniões plenárias do CESE. Está disponível em 23 línguas.
O CESE Info não pode ser considerado como o relato oficial dos trabalhos do CESE, que se encontra
no Jornal Oficial da União Europeia e noutras publicações do Comité.
A reprodução, com menção do CESE Info como fonte, é autorizada (mediante envio da hiperligação à redação).
 

March 2022
04/2022

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