Left to right: Stefano Palmieri, Javier Doz Orrit, Brikena Xhomaqi, Luca Jahier, Gonçalo Lobo Xavier, Dragoș Pîslaru

Na conferência anual de junho, o Grupo do Semestre Europeu reiterou o seu apelo à participação da sociedade civil e propôs um mecanismo permanente e comum de financiamento do investimento com vista a reforçar a preparação e a capacidade de resposta a situações de crise.

A conferência deu seguimento à recente resolução do CESE e debateu a reforma do Semestre Europeu, que supervisionará a aplicação dos planos nacionais de recuperação e resiliência (PRR). «Devido aos novos desafios que a UE enfrenta, o Semestre Europeu deve ser atualizado, reforçado e aberto à sociedade civil organizada europeia», explicou Gonçalo Lobo Xavier, vice-presidente do Grupo do Semestre Europeu.

Ao abrir a conferência, a presidente do CESE, Christa Schweng, reafirmou «o papel fundamental da sociedade civil para a Europa do futuro», e Elisa Ferreira, comissária da Coesão e Reformas, sublinhou que «quando refletimos sobre crises futuras, em vez de nos centrarmos num único instrumento de referência, temos de pensar numa pluralidade de instrumentos e numa caixa de ferramentas bem apetrechada. Precisamos de diversificação.»

A UE necessitará de enormes investimentos nos próximos anos. Os membros do painel abordaram a questão de saber se os planos de recuperação se devem tornar estruturais e permanentes, a fim de assegurar um investimento comum em domínios fundamentais. «A Europa precisa de independência energética», declarou Javier Doz Orrit, presidente do Grupo do Semestre Europeu, ao passo que o presidente da Secção da União Económica e Monetária e Coesão Económica e Social (ECO), Stefano Palmieri, insistiu na necessidade de «assegurar uma transformação estrutural do sistema».

Luca Jahier, vice-presidente do Grupo do Semestre Europeu, encerrou a conferência reconhecendo a importância do Mecanismo de Resolução e Resiliência e dos PRR. «Graças a estes instrumentos, fizemos mais nestes últimos dois anos do que nos últimos 20 anos», afirmou. «Importa agora assegurar a participação da sociedade civil organizada, aumentar o investimento e acelerar a transição.» (tk)