O ministro checo dos Assuntos Europeus, Mikuláš Bek, apresentou as cinco prioridades políticas prováveis da próxima Presidência checa do Conselho da UE, em discurso proferido perante os membros do CESE, em Praga, em 28 de abril de 2022.

Mikuláš Bek apresentou as prioridades políticas previstas da Presidência checa na reunião da Mesa do CESE, salientando que a tónica seria colocada na transição ecológica e digital, assim como na segurança, à luz dos acontecimentos recentes.

Sob o lema «A missão da Europa», retirado de um discurso do chefe de Estado checo Václav Havel, em Aachen, a Presidência checa da UE centrar-se-á no seguinte:

1) Gestão da crise dos refugiados e da recuperação pós-guerra na Ucrânia;
2) Segurança energética na Europa;
3) Reforço da capacidade de defesa europeia e da cibersegurança;
4) Resiliência estratégica da economia europeia;
5) Resiliência das instituições democráticas.

No contexto da evolução da crise na Ucrânia, afirmou que «assegurar o acesso sustentável, fiável e a preços comportáveis a fontes de energia será um dos maiores desafios jamais enfrentados pela UE».

No debate, os membros do CESE exortaram o ministro a reforçar o apoio dos governos nacionais e da UE às organizações da sociedade civil, afirmando que essas organizações estavam na linha da frente da crise humana provocada pela invasão russa da Ucrânia, necessitando de apoio concreto urgente.

A solidariedade europeia foi outro ponto importante referido no debate: os membros frisaram que só seria possível pôr termo às importações de energia da Rússia se todos os Estados-Membros se unissem e partilhassem as fontes de energia disponíveis.

Vários intervenientes alertaram igualmente para os riscos de negligenciar os aspetos sociais durante a Presidência checa do Conselho no segundo semestre de 2022. O aumento dos preços dos alimentos e da energia leva a um aumento da pobreza e põe em risco a coesão social.

No seminário sobre a matriz energética ideal para uma energia sustentável e a preços acessíveis, realizado no âmbito do evento, a presidente do CESE, Christa Schweng assinalou que era essencial reduzir a dependência energética da UE de países terceiros. A solução passava por diversificar as fontes de energia e reforçar o investimento nas fontes renováveis.

«A fim de assegurar o êxito da transição, as organizações da sociedade civil devem desempenhar um papel fundamental na definição e aplicação das políticas», declarou. (mp)