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Homenagem a todos os que trazem luz às suas comunidades

Caras leitoras, caros leitores,

No final de 2021, a UE decidiu que 2022 seria o Ano Europeu da Juventude. O seu objetivo era chamar a atenção para a situação dos jovens, especialmente no contexto da crise da COVID-19 que os afetou muito e os prejudicou no mercado de trabalho e na sua educação.

A UE pretendia incentivar os decisores políticos a promoverem oportunidades para os jovens e encorajá-los a tornarem-se cidadãos ativos e agentes de mudança e preconizou um empenho especial nos jovens que tais medidas teriam mais dificuldade em alcançar: os jovens com deficiência, os grupos minoritários e os que vivem em zonas desfavorecidas.

 

Em síntese

Veja a cerimónia de entrega do Prémio para a Sociedade Civil 2022

Reviva a experiência da cerimónia de entrega dos prémios com o nosso vídeo!

Ver os vídeos dos projetos do Prémio para a Sociedade Civil 2022

Abaixo pode ver os vídeos dos projetos vencedores.

Prémio para a Sociedade Civil 2022 nos meios de comunicação social

Novas publicações

A brochura do Prémio para a Sociedade Civil 2022 já está disponível!

O CESE publicou uma brochura em que apresenta os seis vencedores da edição de 2022 do Prémio para a Sociedade Civil. A publicação mostra exemplos notáveis de uma sociedade civil empenhada em criar um futuro melhor para os jovens e em ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.

Notícias do CESE

Fundación Secretariado Gitano, de Espanha, e associação SUS INIMA, da Roménia, vencem categorias «Juventude» e «Ucrânia» do Prémio CESE para a Sociedade Civil de 2022

Excecionalmente, este ano foram galardoadas duas categorias de vencedores: «capacitar os jovens» e «sociedade civil europeia pela Ucrânia».

O Comité Económico e Social Europeu (CESE) distinguiu seis organizações da sociedade civil pelos seus projetos excecionais, que constituem verdadeiros exemplos do empenho da sociedade civil em criar um futuro melhor para os jovens europeus e aliviar a situação dos ucranianos que sofrem devido à invasão brutal do seu país pela Rússia.

Sabia que...?

A taxa de abandono escolar precoce dos jovens ciganos é de 64%, em comparação com 19% na população em geral, e 78% dos jovens desta etnia carecem de competências básicas porque nunca concluíram o ensino obrigatório. Além disso, a taxa de desemprego dos jovens ciganos é três vezes superior à dos outros jovens. O programa «Aprender Trabalhando», da Fundação Secretariado Gitano, de Espanha, vencedora do Prémio CESE para a Sociedade Civil na categoria «Jovens», está a tentar mudar essa realidade. O programa oferece aos jovens ciganos a oportunidade de adquirirem experiência profissional e de receberem formação em empresas de referência que aderiram à iniciativa. Os resultados já são visíveis: 55% dos cerca de 3 500 jovens ciganos que participaram no programa encontraram emprego e 32% regressaram à escola.

Nas palavras dos vencedores

Desconstruindo estereótipos: os ciganos também querem trabalhar e aproveitar o seu potencial

A Fundación Secretariado Gitano, vencedora espanhola do primeiro prémio, lançou o seu projeto «Aprender Trabalhando» em 2013. Nos 10 anos da sua existência, o projeto permitiu que mais de metade dos jovens ciganos participantes obtivessem um emprego e um terço regressasse à escola para concluir o ensino secundário obrigatório. Contudo, o mais impressionante é que 87% dos jovens participantes afirmam que a sua vida melhorou e 94% das empresas que, ao contratá-los, participaram no projeto declararam estar dispostas a repetir a experiência. Raúl Pérez, da fundação, contou-nos mais:

Qual é o teu superpoder?

Os alunos da Escola de Superpoderes – a maioria dos quais são jovens em risco de exclusão social – não desenvolvem apenas competências e talentos como a gastronomia, a fotografia ou a escrita criativa. A escola, lançada pela associação portuguesa Movimento Transformers, é um programa de voluntariado que também os dota de competências e conhecimentos que os ajudarão a desenvolver a sua autoestima e a tornarem-se membros ativos da sociedade. Entrevistámos Joana Moreira, do Movimento Transformers, para saber mais sobre esta iniciativa.

Agentes de mudança

A associação Agevolando é uma organização italiana de voluntariado que reúne menores e jovens adultos que passaram parte ou toda a sua infância em sistemas de acolhimento e que têm de abandonar o sistema para viver de forma independente. Dado que essa transição está longe de ser fácil, a Agevolando criou a rede de jovens saídos do acolhimento – Care Leavers Network (CLN), projeto que recebeu o Prémio para a Sociedade Civil 2022 na categoria da juventude. O seu objetivo é, por um lado, criar um espaço para que os jovens que terminam o percurso de acolhimento apresentem as suas próprias propostas e soluções e se tornem intervenientes fundamentais na criação de um sistema de acolhimento que responda verdadeiramente às suas necessidades, e, por outro, tornar a transição para a idade adulta o menos abrupta possível para todos os que se encontram na sua situação. Falámos com o presidente e com a gestora de projeto da Care Leavers Network, Federico Zullo e Cecilia Dante.

A minha casa é a tua casa

Até à data, a SUS Inima ajudou dezenas de milhares de refugiados ucranianos, fornecendo-lhes alojamento, satisfazendo as suas necessidades básicas e assegurando a sua formação. A associação propõe também apoio psicológico para ajudar os refugiados a fazer face a traumas de guerra. Atualmente, está a ser criada uma infraestrutura para ajudar os refugiados a orientarem-se no quadro económico e jurídico da Roménia. Todas estas ações visam permitir-lhes uma integração tão harmoniosa quanto possível na sociedade romena, para que se sintam em casa. Falámos com Lu Knobloch, da SUS Inima.

A união faz a força

Quando as notícias sobre a evacuação de crianças com cancro da Ucrânia chegaram à Fundação Villavecchia, o seu pessoal não hesitou nem por um segundo. Voluntariaram-se de imediato para acolher e ajudar as crianças e as suas famílias. Porém, para poder prestar a estas crianças os cuidados e a ajuda de que realmente necessitavam, a fundação teve de colaborar com hospitais e muitas outras entidades e voluntários. Juntos conseguiram criar um espaço seguro para estes jovens doentes em Barcelona. Natàlia Ferrer Ametller partilhou connosco a sua história.

Moldar futuras gerações de cidadãos empenhados

A Associação Polaca de Guias e Escuteiros (ZHP), a maior organização de educação não formal de jovens do país, mobilizou-se para ajudar os refugiados ucranianos desde o início da guerra, respondendo às suas diversas necessidades, em constante evolução. A ZHP orgulha-se de os seus membros terem decidido, sem hesitação, apoiar a Ucrânia, também por mérito da própria associação. Os ideais que a ZHP instila nos seus jovens membros incentivam-nos a lutar por um mundo melhor, um esforço a realizar diariamente por cada um de nós. Fizemos várias perguntas a Olga Junkuszew, porta-voz da associação.