Por Jan Dirx, membro do Grupo Diversidade Europa
O Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, entre outros, defendem uma recuperação e reconstrução ecológicas na UE depois da crise da COVID-19. No entanto, os representantes de grupos de interesse da velha ordem económica alegam que este não é o momento de inovar, mas de investir para restabelecer o antigo sistema.
O CESE, em conjunto com o seu Subcomité para a Retoma e a Reconstrução pós-COVID, pretende contribuir para o debate sobre a reação da UE e dos Estados-Membros na sequência da crise da COVID-19. Para o CESE, o programa a seguir está contido no nome do seu subcomité. Não podemos simplesmente voltar à situação anterior: temos de a reestruturar e melhorar, com base na proteção dos direitos humanos, dos valores democráticos e do Estado de direito, na realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na criação de uma economia circular e na consecução da neutralidade climática da UE até 2050.
Ao formular a sua visão e o seu plano de ação desta forma, o CESE contará com o apoio de cerca de 100 organizações da sociedade civil que recentemente publicaram uma petição em que apelam aos dirigentes nacionais e da UE para que combatam a crise sem precedentes provocada pela pandemia de COVID-19 de forma solidária, corajosa e inovadora.
A sociedade civil reivindica a criação do maior programa de investimento ecológico jamais visto no mundo, apoiado por todos os instrumentos financeiros da UE disponíveis, a fim de financiar uma recuperação simultaneamente ecológica e justa.
Diversos planos já estão a ser elaborados para determinar o destino dos muitos milhares de milhões de euros previstos para o Pacto Ecológico e a reconstrução da economia. As propostas abrangem os setores da construção, da energia e dos transportes, o funcionamento geral da economia, a agricultura e a produção alimentar e, por último, o mais importante: os sistemas de saúde.
Esperemos que, depois de os legisladores da UE se pronunciarem sobre o plano de recuperação da UE, possamos dizer sinceramente que rumaremos a uma Europa mais resiliente, sustentável e justa.